Tratamento de vanguarda contra o câncer
Toda semana, um senhor sai do Farol de São Tomé para cumprir afazeres na área central de Campos. Mesmo ocupado, ele sempre encontra tempo para ir ao Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA). Mas não para tratar alguma doença. Pelo contrário: ele vai até o serviço de Radioterapia somente para agradecer aos profissionais de saúde pelo tratamento que recebeu e permitiu que ele se livrasse de um câncer.
Essa história, real, ilustra muito bem a importância do serviço de Radioterapia do HEAA e a qualidade que ele imprimiu ao combate ao câncer na região. A alta tecnologia disponibilizada no HEAA, somada a uma equipe técnica de primeira linha e um forte controle de qualidade, vem mudando a vida de centenas de pessoas para melhor.
Prestes a completar um ano, o serviço já atendeu pacientes não só de Campos, mas também de Saquarema, Macaé, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia, São Fidélis, Quissamã e Conceição de Macabu, entre outras cidades, que antes direcionavam esses pacientes para as capitais, tornando o tratamento contra o câncer ainda mais penoso.
Não é o que acontece no HEAA. Além de próximo, o serviço possui a radioterapia de intensidade modulada e o RapidArc, que, como já mostrou o Mania de Saúde, proporcionam uma qualidade de vida ainda maior aos pacientes. O motivo é simples: ao contrário dos tratamentos convencionais, que liberam radiação em uma área maior para atingir o tumor, a Radioterapia do HEAA concentra a radiação especificamente no local de tratamento, diminuindo e até eliminando efeitos colaterais.
A tecnologia e a expertise da equipe são tão grandes que o setor foi pioneiro na região ao realizar, recentemente, a chamada radiocirurgia. Isso explica, e muito, a relevância do serviço para Campos, como afirmam Dr. Paulo Lázaro Garcia, físico médico, e Dr. Fabiano de Oliveira Gonçalves, médico radioterapeuta. ‘Já tivemos dois casos em que fizemos a radiocirurgia estereotíxica. Uma paciente de 34 anos, por exemplo, apresentava duas pequenas lesões no sistema nervoso, de 1,8 cm e de 0,4 cm. Por que fizemos o procedimento? Porque ela só tinha essas duas lesões. Qual seria o outro tratamento para o problema? Fazer a radioterapia no cérebro inteiro, que seria uma coisa devastadora numa paciente que está andando, comendo, rindo, enfim, que está bem. Por ela só apresentar essas duas lesões e estas não terem um edema grande em volta, a paciente tornou-se apta a fazer a radiociruigia. O procedimento consiste em uma dose alta, que causa uma ablação. Foi como se tivéssemos fisicamente retirado a lesão, mas por meio da radioterapia. Por isso o termo é radiocirurgia estereotáxica, porque é tridimensional e podemos fracionar a dose”, afirmam os profissionais. “O interessante é que, a exemplo da radiocirurgia conseguimos poupar aquele tecido em volta. Não houve dano algum ao lado das lesões. Essa é a excelência do procedimento: fazer um tratamento efetivo normal e mantendo a qualidade de vida do paciente, que faz procedimento e volta para casa sem ficar internado. Tudo é ambulatorial”.
O pioneirismo do procedimento reflete a vanguarda da própria Radioterapia do HEAA. Até o dia 07 de junho, 324 pacientes haviam passado por lá e recebido um tratamento ágil. Tendo como foco principal os pacientes do SUS. “Mesmo assim, ainda há disponibilidade de vagas, pois o credenciamento com o Sistema Único de Saúde – Ministério da Saúde acabou de sair e estamos iniciando esse fluxo de atendimento”, revelam os médicos. “Até o mês passado, estávamos atendendo por meio de um convênio direto com a Prefeitura Municipal de Campos, que pensando em não deixar de lado os pacientes que precisavam do tratamento, assumiu a causa e liberou o convenio. Agora, com o fluxo vai seguir com mais abrangência”. O trabalho sério e comprometido vem dando retorno. “O reconhecimento que estamos tendo é fantástico. O serviço é pautado na qualidade de vida de cada paciente. Nossa equipe é muito capacitada. Isso é muito bom falar porque existe uma diferença entre credibilidade e confiança. Você vê um local bonito, bem planejado e isso dá credibilidade. Mas se você entrar e não for bem atendido, você perde a confiança. Aqui, felizmente, unimos as duas coisa. Os pacientes confiam na gente. É isso que passamos para ele.
O trabalho ganha um sentido ainda maior. É normal, por exemplo, uma consulta durar 50 minutos ou mais. O tratamento também é rápido. Tudo é agendado em curto espaço de tempo. A pessoa recebe a consulta e logo já marca a tomografia. Isso potencializa o ganho terapêutico do tratamento”.
Entre os casos mais freqüentados no serviço de Radioterapia, estão o câncer de próstata (81 casos até o dia 07 de junho) e mama (mais de 50 casos até aquela data), seguindo a cabeça e pescoço, colo de útero, estomago e muitos outros. “Mas todos recebendo o mesmo tratamento de ponta, sem igual na cidade, disponível para a sociedade”, finalizam os médicos.
Informações complementares poderão ser obtidas através do telefone. (22) 2726-6757
Créditos: Jornal Mania de Saúde – Norte Fluminense e Lagos – Julho de 2016.
|