O Hospital Escola Álvaro Alvim – HEAA desponta mais uma vez no pioneirismo quanto à realização de intervenções cirúrgicas inéditas na região. Na quinta-feira (22/12), a equipe de cirurgia ortopédica do hospital realizou a primeira cirurgia do interior do Estado do Rio de Janeiro, de implantação de Prótese Reversa do Ombro, totalmente custeada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, através do mutirão da PMCG.
A paciente de 77 anos, sofria de uma doença chamada Artropatia do Manguito Rotator, que provocava dores intensas no ombro e impedia a movimentação do braço, por conta das lesões tendineas e artrose que evoluiu para um quadro de muita limitação e dor.
A equipe do HEAA, chefiada pelo Dr. Jamil César R. de Queiroz e o especialista em ombro e cotovelo Dr Luís Eduardo Ramos Abílio M. de Lima, realizou essa cirurgia que utiliza essa tecnologia que é nova no Brasil e que tem tido resultados bastante satisfatórios. A cirurgia foi acompanhada por instrumentadores da empresa Zimmer Biomet, que distribui esse material no Brasil.
É um procedimento complexo, de alta complexidade, já que o cirurgião precisa realizar uma reversão da anatomia do ombro para garantir a implantação e bom funcionamento da prótese. Dr. Luís Eduardo, ortopedista especializado em ombro e cotovelo, pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia informou que a cirurgia transcorreu dentro do planejamento e as expectativas quanto a recuperação da paciente são excelentes. “Esperamos que a paciente evolua para um estágio de ausência de dores e retorno de suas atividades normais”.
Segundo Dr Luís Eduardo, a previsão é que a paciente tenha alta nesta sexta-feira (23/12) e que permaneça 4 semanas com imobilização no local, em seguida, sendo liberada para um tratamento de fisioterapia, tendo previsão de recuperação total de 4 a 6 meses.
Dr Jamil Queiroz, chefe da cirurgia ortopédica do HEAA, destacou a importância do ineditismo desse procedimento para demonstrar a qualificação dos cirurgiões do hospital. “Até esse momento, os pacientes tinham que ser encaminhados para grandes centros, como o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. “O mutirão de cirurgia ortopédica, promovido pela Prefeitura de Campos, proporcionou à inúmeras pessoas, tratamentos especializados que eram de difícil acesso”.
Além desse procedimento inédito, foram realizadas cirurgias de vídeo como reconstruções ligamentares do joelho, cirurgia do menisco, cirurgia de lesão do manguito rotador, próteses de quadril, trauma em geral entre outros. O HEAA possui especialistas em diversas áreas ortopédicas, como ombro e cotovelo, quadril, mão, pé, tornozelo e joelho.
COMO É FEITA A CIRURGIA?
A técnica cirúrgica para a colocação da prótese reversa realizada com instrumental específico. Após realização da incisão anterior (entre os músculos deltoide e peitoral), o tendão subescapular é destacado do úmero para se obter acesso à articulação. A cabeça umeral é removida e o canal umeral preparado para a colocação da haste. Após a preparação do canal, o úmero é afastado e aborda-se a cavidade glenoide, que é preparada para a colocação de uma base metálica (metaglena), onde será encaixada a esfera articular (glenosfera), também metálica. A metaglena é fixada ao osso da glenoide através de parafusos. A seguir, a esfera é encaixada e fixada com um parafuso à metaglena. Então, coloca-se a haste umeral e a copa umeral de teste. Uma vez definido o tamanho dos componentes umerais, são colocados os componentes definitivos, quais sejam: a haste umeral metálica e a copa umeral feita de polietileno. A mobilidade articular é testada, o subescapular é reinserido ao úmero (amarrado com fios ultrarresistentes) e os planos profundo são fechados.
